domingo, 26 de junho de 2011

A vida em Linha Reta?

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada./ Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo./E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,(...)

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?/ Ó principes, meus irmãos,/ Arre, estou farto de semideuses!/ Onde é que há gente no mundo?/ Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?/ (...)" (Poema em Linha Reta, Fernando Pessoa)

No Poema em Linha Reta, Fernando Pessoa fez uma crítica social de forma irônica que expõe as mazelas da sociedade de sua época e que continuam atuais. Definitivamente, ele conhecia os humanos. Sabia que não havia semi-deuses soltos por ai. Que não era só ele que tomava porrada. Que não era o único vil e errôneo nesta terra. A essência do poema é a denúncia sobre as pessoas que não reconhecem a sua falibilidade.

Algumas, talvez, realmente se vejam como invencíveis, detentoras do poder, da beleza, da inteligência, capazes de superar os maiores desafios sozinhos. Tenho por mim que elas não são lá muito espertas. Outros até reconhecem que são falhos, mas tentam esconder.

Estamos sobre muita pressão. A sociedade deseja que sejamos filhos insuperáveis, heróis da fé, estudantes exemplares, trabalhadores esforçados e que tenhamos a barriga malhada igual os homens da novela da Globo... No fundo esquecemos, ou tentamos não lembrar, do quanto somos falhos e dependemos da graça de Deus.

Temos que reconhecer que a vida não é uma linha. Nem sempre as coisas são do jeito que queremos. A vida é torta. Feita de vitórias e derrotas, de parasitismo e produtividade, de sujeira e higiene, de impaciência e paciência, de defeitos e qualidades. E não é ruim reconhecer isso.

Se precisamos reconhecer algo, que reconheçamos que a vida sozinha é triste, que nada podemos fazer e que nada podemos conquistar sem a mão de nosso Deus. Que não deixemos nos enganar, mas lembremos sempre que toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes (Tiago 1:16-18).

Devemos reconhecer que somos cheio de soberba, de ambição, de concupiscência, de fraqueza e ansiamos pela injustiça. Precisamos baixar os olhos para a terra para vermos que o nosso coração está cheio de maldade e de loucura durante toda a vida (Eclesiastes 9:3).

Não podemos criar ídolos... Não podemos nos colocar em pedestais, distanciando das pessoas, criando uma aura em torno de nós mesmos, não aceitando críticas. Antes, sejamos transparentes, não tendo medo de expor nossas fraquezas. Só quando sairmos do pedestal, não mais esperando sermos reconhecidos, outras pessoas poderão perceber Deus através de nós, o Pai das luzes, de onde vêm todas as nossas vitórias.

Leia mais sobre isso: Líderes transparentes e líderes opacos, Paul Freston, disponível em: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/259/lideres-transparentes-e-lideres-opacos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Encontro de Corpus Christi - ABUB

Enquanto o encotro de Corpus Christi está acontecendo em Campinas ficará disponível para todos os estudos que estão sendo dados com base no texto de Efésios em audio(que tá mto baixo) para todos ouvirem.

Parte I (Somente a segunda metade 15 min) Parte II (1h 15min) Parte III (1h 30min) Parte IV (50min) Para obter uma versão de mais qualidade, completo  e com um volume maior nestes links vc pode pegar a Parte 1 e a Parte 3 que foram gravados em um formato compativel com itunes pelo pessoal da ABU Sampa.