Estranho pensar que somos uma geração que enjoa muito rápido. Pode ser que você
já tenha ouvido alguma história assim: atores fazem sucesso em Malhação; meninas
juram amores por esses atores; eles caem na geladeira da Globo e depois acabam
fazendo “A Fazenda” na Record. Homens também fazem isso: querem conquistar a
menina mais linda do baile, aquela com cara de anjo! No dia seguinte, não
respondem a mensagem dela no Facebook, pois estão sendo “pressionando de mais”.
Isso não tem lógica.
Vivemos em uma civilização do descartável. Nada é
feito para durar muito: de entretenimento à relacionamentos (quiçá até
casamentos!). Mas por quê?
Não quero dizer que é uma coisa nova. Nem que
é uma coisa apolítica. De fato, uma jovem um dia me ensinou que o capitalismo é
a grande explicação para isso. Todavia, gosto de outra tese.
O ser
humano vem sendo desvalorizado, bem como o próprio mundo. Tudo e todos são meros
objetos para nossa satisfação. E investimos muito nisso! Colocamos nossa
felicidade em dadas coisas (como figurinhas do Pokemon ou no bonitinho do fundo
da sala) que não são capazes de nos satisfazer. De fato, colocamos nossas
confianças em verdadeiros ídolos, nos deuses falsos, que trariam a felicidade.
Todavia, se uma coisa aprendemos com a Britney Spears, é que os ídolos são
feitos para cair... e, depois disso, são descartados.
As coisas têm
perdido a capacidade de nos surpreender. Estamos cada vez mais entediados com o
mundo a nossa volta. Parece que falta um real sentido à vida, como se um vazio
nos tocasse. Devemos então escolher: ou procuramos outros ídolos, até que
percebamos que aquilo não nos traz a felicidade; ou abrimos mão do sentido da
vida (ou da própria vida); ou buscamos sentido em Deus. Eu prefiro em Deus:
“Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata
ou ouro que vocês foram redimidos da sua MANEIRA VAZIA DE VIVER que lhes foi
transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de
um cordeiro sem mancha e sem defeito.” (1 Pe 1: 18-19)
Quando buscamos a
felicidade em alguma coisa, fora de Deus, tendemos ao tédio, ao perceber que ela
não nos satisfará da forma que gostaríamos. Quando colocamos Deus em nossa vida,
não abrimos mãos dessas coisas. Continuaremos vendo Malhação (se tivermos menos
de 16 anos), mas não procuraremos a satisfação nela. Antes, Deus reorienta o que
sentimos, reorienta o mundo que vivemos, retorna a capacidade de nos surpreender
e nos apaixonar por ele.
De fato, só compreenderemos o real sentido das
coisas - e com isso eliminaremos nosso tédio existencial- se percebermos que
todas elas foram feitas para honra de Deus... e não para nossa glória ou
satisfação.
"Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração
enquanto não repousar em Ti."
AGOSTINHO. Confissões
Por Lucas Creido Nunes
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